digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Abertura

Partir é difícil. Voltar é mais ainda. Quando se não sabe por que se vai também não se sabe por que se volta.
As relações um dia acabam - dizem. Os amores finam. Há amores defuntos sem toque de finados. Há mortos-vivos, lobisomens, dráculas, ventríloquos e invejosos. Há mares serenos e lençóis revoltos.

Porquê? Não sei. Não sei mesmo. Não quero pensar. Não me apetece pensar. Já fui longe demais. Não saio da mesma, como um viciado. Por que fui? Não sei. Não sei, não sei.

Vai-se como se tivesse deixado ir, sem resistência nem obstáculo. Volta-se pelas mesmas razões. Não sei o que faça. Não sabia o que fazia.


1 comentário:

Anónimo disse...

Ás vezes é preciso desligar, o dificil é encontrar o botão. Boa sorte amigo.