Não fosses tu a rainha da Noite, das minhas noites em claro, e não estaria agora a carpir as dores da solidão.
Avanças com os passos de tristeza duma alma penada, perfuras a sombra e a escuridão, para me resfriares o corpo, cortar-me o sono, assustares-me com surpresa e tremeres-me a voz e o jeito com a antítese da esperança.
Algumas vezes vi o teu sorriso no rosto austero. Foi antes de te ires. Um dia foste. Foste no dia seguinte ao repouso. Foste numa tarde e levaste a luz do dia. É desse dia que me lembro quando me quero esquecer de ti.
Vejo-te mais do que queria, quando sonhas. Quando sonho. Vejo-te em sonhos. Como todos os sonhos. Chegas-te como alma penada, um fantasma escondido da luz. Vens como a miragem da memória feliz.
Há qualquer coisa de alegria na minha tristeza de ti. Uma centelha de luz. A luz bastante para te recortar o corpo e revelar o rosto sério. Há uma felicidade feita de tempo e algumas certezas. Um luto de veludo negro e escarlate.
Ainda que me doas, há hoje uma felicidade. Canto-te, porque és rainha da Noite, das minhas noites de insónia. Canto-te, porque a alvorada não tarda e delas fugirás como todos os fantasmas.
Sim, canto-te. Canto-te. Porque um fantasma vive. Vives em mim. Nas aparições frias e súbitas. Canto-te feliz, porque sou capaz de cantar. Canto-te com a alegria de quem não ama, mas sabe do amor eterno do passado.
Há alegria no luto. A carne arrancada é carne que já não dói. Sente-se a ferida da ausência. Tudo vai e carne perdida é pedaço dos outros. Por isso há estrelas.
O Sol um dia será uma anã. Um dia voltarei à Terra. Um dia deixarei de ser o teu fantasma. Quiçá um dia tomaremos do outro o amor negado. Não fosses tu a rainha da Noite, das minhas noites ébrias, não seria eu o papagaio dos mesmos dias de amor passados.
Avanças com os passos de tristeza duma alma penada, perfuras a sombra e a escuridão, para me resfriares o corpo, cortar-me o sono, assustares-me com surpresa e tremeres-me a voz e o jeito com a antítese da esperança.
Algumas vezes vi o teu sorriso no rosto austero. Foi antes de te ires. Um dia foste. Foste no dia seguinte ao repouso. Foste numa tarde e levaste a luz do dia. É desse dia que me lembro quando me quero esquecer de ti.
Vejo-te mais do que queria, quando sonhas. Quando sonho. Vejo-te em sonhos. Como todos os sonhos. Chegas-te como alma penada, um fantasma escondido da luz. Vens como a miragem da memória feliz.
Há qualquer coisa de alegria na minha tristeza de ti. Uma centelha de luz. A luz bastante para te recortar o corpo e revelar o rosto sério. Há uma felicidade feita de tempo e algumas certezas. Um luto de veludo negro e escarlate.
Ainda que me doas, há hoje uma felicidade. Canto-te, porque és rainha da Noite, das minhas noites de insónia. Canto-te, porque a alvorada não tarda e delas fugirás como todos os fantasmas.
Sim, canto-te. Canto-te. Porque um fantasma vive. Vives em mim. Nas aparições frias e súbitas. Canto-te feliz, porque sou capaz de cantar. Canto-te com a alegria de quem não ama, mas sabe do amor eterno do passado.
Há alegria no luto. A carne arrancada é carne que já não dói. Sente-se a ferida da ausência. Tudo vai e carne perdida é pedaço dos outros. Por isso há estrelas.
O Sol um dia será uma anã. Um dia voltarei à Terra. Um dia deixarei de ser o teu fantasma. Quiçá um dia tomaremos do outro o amor negado. Não fosses tu a rainha da Noite, das minhas noites ébrias, não seria eu o papagaio dos mesmos dias de amor passados.
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1 comentário:
lindo lindo lindo lindo lindo!!!!
mais duas palavras: lin-do!!!
(mas essa da rainha da noite, n e uma musica pimba??!!!lol)
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