Esta noite voltei a voar. Subindo os degraus invisíveis e deitando-me para a frente, sobre a mesa de voo, seguro de que não cairia. Atravessando a portada rectangular sobre um fogo ritual, correndo de ponta a ponta a ilha de mar azul.
Como se fosse o homem do fato escuro e chapéu de coco. Como se voasse na vertical. Como se fosse possível viver sem voar. Como se fosse possível estar não viver sem ser desprendido. Dono de toda a decisão e sempre ingénuo.
Esta noite voltei a sonhar que voava. Pouco importa se o fiz e por quanto tempo. Hoje acordei como se tivesse voado.
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