Na oficina havia uns compassos de cobre feitos de dias meias-luas postas de modo oposto. Já sonhei muito e ainda não se me revelou para que pudessem servir tão belos objectos. Ainda bem, assim vivem mais tempo em mim.
Tinham odor de metal que passava para os dedos como o dos bailarinos passa para os espectadores do palco para a plateia. Prendiam-me os dedos e faziam-me doer se eu quisesse... Exactamente como um bailado faz às emoções de que vê.
Ainda hoje estou para perceber para que serve um bailado.
1 comentário:
O texo é lindo João mas a foto está fantástica! Excelente acompanhamento compassado e binário!! eheheh
bjoca
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