Tenho um moínho de vento de brincar nas mãos. Roda numa ilusão de óptica e faz luz. Tem mais cores do que a natureza, é uma saia de dama antiga.
A janela dá para um prado de toda a luz. Nele vacas felizes pastam sem pressa e árvores de sombra multicor estão absolutamente imóveis. Há vento morno de Oeste e a silhueta longínqua dum castelo.
No beiral da janela finquei pequenos moínhos de vento de brincar, muito coloridos e frágeis. Dão uma festividade diferente à banalidade campestre. São inúteis nas funções práticas, mas muitos úteis para sonhar.
3 comentários:
gosto muito desses moinhos!
não tenho janela, nem vaso para plantar um... mas gostava.
gostava...
bejinho
dia muito feliz!
Lembrou-me um caleidoscópio (acho que se chamava assim) que eu tinha quando petiz...era tão lindo..não servia para mais nada senão para eu sonhar!
Sim, o caleidoscópio existe, mas não é um moínho. O caleidoscópio é um tubo com um prisma espelhado que reflecte pequenos objectos coloridos.
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