
Pois é abaulado o meu mundo. Se côncavo ou se convexo já não te sei dizer. Como não sei explicar por que razão te escrevo esta carta quando faz um círculo e uma semi-recta desde a última vez que nos encontrámos. A espera de te ver foi azul, como todas as esperanças: bonita. Bonita espera. Espei ver-te e esperei nunca mais te encontrar. Foi azul como todos os momentos felizes em que estivemos juntos. Azul como todos os momentos felizes em que não estaremos juntos. Azul como todos os momentos felizes em que estaremos com outras pessoas.
Quando dissemos adeus voltei atrás. Julgo que também o fizeste. Fizemos um círculo. Juntamo-nos para dizer as últimas palavras, fazer um ponto de situação e abalar. Marcámos um novo início, dois novos destinos e muitos poemas separados. E se hoje te escrevo uma carta que não mandarei nem lerás é porque cumprimos o pedaço de tempo que é semi-recta: traço com princípio e sem fim. Não mais te verei e jamais me verás.
Azul como esta música e como todos os dias felizes que teremos separados. Além de toda a chuva que nos há-de unir afastados.
Rhapsody In Blue.m... |
4 comentários:
Adorei este texto azul, com semi-rectas sem fim, círculos e muito Amor ;)
Os dois comentários foram apagados a pedido da sua autora.
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