digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, março 18, 2007

A janela das palavras

Os dias tristes não têm de suceder aos felizes e, assim como assim, há dias que não são nem uma coisa nem outra. Há cadernos lisos, de linhas, quadriculados e milimátricos. Em todos eles pode escrever-se o que se quiser: confissões e desbafos, poesia e prosa, política nacional ou internacional, assuntos de sociedade, coisas de menina ou brutalidades de rapaz, fantasias várias e imaginários ricos ou pragmatismos pobres. As palavras podem mostrar-se ou ficar guardadas, publicitadas ou fechadas num grupo restrito de amigos. Há dizeres com traquinices e outros que a tendo não têm maldade. Há blocos ilustrados e outros secos de imagens. Há os que duram longos tempos e outros que vivem muitos anos. Há os que fazem falta e os dispensáveis. Há os que se querem ir e se forem deixam muitas saudades e outros que ninguém dará por eles.
De todos esses há um que se perder vou guardar muita tristeza, o blog de Calvin... São muitas horas de muitas semanas de um ano a lê-lo com ternura. As plavras de Calvin são ilimitadas nos afectos. É uma janela para mais do que palavras.

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