digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A brincadeira

A serenidade do teu rosto é uma falsidade. Não digo que seja por mal, porque sei que não é. A serenidade do teu rosto é uma armadilha. Inocente? O que há de inocente nas brincadeiras de um felino? Tudo nele é mortal. Os teus olhos são os de um predador e o meu coração está já cativo, como se esses teus gomos fossem as patas potentes do predador e o meu músculo a desvalida gazela. Se me importo? Não, entrego-me deleitado... ao teu prazer e brincadeira, inocente?

Nota: Retrato de Maria Carolina de Boubon Duas-Sicílias, duquesa de Berry. Devido a tratarem-se de diferentes reproduções, as tonalidades não são as mesmas, sendo que parece claramente mais fiável a versão do pormenor.

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