digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, julho 17, 2006

Aflição

Estou aflito num dia calmo. Preso por um beijo, suspenso pelo olhar e detido no tempo. A espera é uma tempestade. No mais bonito luar produzem-se sombras de assustar. No silêncio fica a dúvida se dois corações podem bater acertados e se ao cavalgarem se ouvem na quietude da natureza. Haverá duas pessoas suspensas numa mesma aflição? Se houver um desejo de pele será mais aflitiva a espera e a incerteza antes do primeiro beijo. Se acontecer.
Se acontecesse uma noite, depois de todas as noites, haveria amor suado de beijos soltos, molhados em lençóis amarrotados de confidências. Se acontecesse o desejo... Mas estou aflito num dia calmo, desejando um desejo igual ao meu.

4 comentários:

Ana Fonseca disse...

Quero, quero muito! Também quero um desejo igual ao meu!
"No silêncio fica a dúvida se dois corações podem bater acertados e se ao cavalgarem se ouvem na quietude da natureza." Também eu tenho esta dúvida que, às vezes, me consome mais! Talvez também em dias mais calmos!
Beijinhos para ti! Mais beijinhos... Muitos!

João Barbosa disse...

:-)

Anónimo disse...

'Haverá duas pessoas suspensas numa mesma aflição?' - devias criar um blog só com perguntas. As tuas são belas, profundas e quase sempre com tantas respostas possíveis quanto os corações que existem. Beijo grande.

João Barbosa disse...

ahahahahahahah