digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, abril 09, 2006

Sou um fauno

Vivo nas montanhas, na floresta... gosto de surpreender quem passa. Gosto dos rebanhos... mais de cabras do que de ovelhas... mas gosto de rebanhos. Gosto da montanha e da floresta e de pregar susto aos viajantes... causo-lhes pânico. Dou gargalhadas. Até me acham um sátiro.
Julgam-me... chamam-me muitas vezes animal. Não me importo! Que seja. Gosto dos rebalhos, mais dos de cabras. Gosto da montanha e da floresta onde vagueio.
Por vezes persigo ninfas. Gosto de perseguir ninfas. Sou pastor e gosto de ninfas. Gosto dos seus seios e dos seus olhares inocentes e dos seus risinhos. Gosto de vê-las despidas. Gosto de vê-las despirem-se. Gosto de vê-las vestidas. Gosto de vê-las. Gosto da floresta e gosto de vaguear pelos montes entre as árvores.
Sigo Baco... faço-lhe um altar, gosto de beber. Gosto de folguedo. Gosto de perseguir ninfas. De lhes dar beliscões quando as apanho, de as apalpar, de dar gargalhadas com elas e de as sentir junto ao meu corpo. Elas são amáveis e dóceis e coram quando as surpreendo. Gosto de as perseguir e de as sentir junto ao corpo.

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