Presente do indicativo do verbo chover. Não é um verbo impessoal. É um verbo pessoal.
Eu chovo quando estou triste, quando me lembro de ti e no amor que fizemos, na intimidade que tivemos e nas dores que nos causamos independentemente das razões de cada um.
Tu choves ainda hoje por todas as oportunidades perdidas e por tudo o que quiseste dizer e não disseste, pelas vezes que te arrependeste, pelas vezes que agarraste no telefone e não tiveste coragem para dizer o que tinhas para dizer.
Ele chove por ser cobarde e mesquinho, por ter duas faces, por ter duas verdades, aquela que ele sabe e a outra que finge.
Nós chovemos quando nos comovemos pelo passado, porque o presente é uma fuga e porque o futuro é incerto e não é aquilo que julgámos.
Vós Choveis hipócritas e mentirosos, porque sabeis o quanto mentis. Sabeis das aleivosias que dizeis. Sem escrúpulos mentis mesmo sabendo que ninguém em vós acredita e tendo sido já por todos desmascarados.
Eles chovem por tantas razões e porque se vêem aflitos, algumas vezes porque estão incapazes de se reconhecer. Porque cada vez mais só se têm um ao outro e mais às mentiras e às ilusões.
Um verbo pessoal para muita gente. Um verbo multiusos.
3 comentários:
Magnifico! Bravo João, como é que tu fazes, não sei...mas está lá tudo. Consegues exaltar o sentido das coisas, dos sentidos, dos sentimentos e da vida. Parabêns!
Parabéns! Escreve muito bem. Digo-lhe que já conjuguei o verbo "Chover" com prazer, alegria, crescimento e foi muito bom. Experimente!
Brilhante!
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