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Sou irreflexo, opaco e translúcido. Sou objecto igual e
horas de não esperar. Sou a dor nas costas na curva da rua errada. Sou a
bebedeira inglória que sobra da discoteca. Sou a moeda de cêntimo esperando conveniência
e inútil na máquina de cigarros. Sou a chuva na madrugada deserta à porta
fechada da rodogare. Sou incandescência no frio, teimosa como o magma. Sou a
caneca para canhotos.
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