digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, março 13, 2009

Tempo de paixão





















Tenho pedaços de má circulação. Tenho pedaços que nunca circularão, além do meu corpo finito. Nem mesmo pelo meu amor por ti. Mesmo quando me beijas o corpo infinito. Infinitamente transcendente, tanto amor. Porque há coisas que são só minhas e de mim não vão, mesmo quando saem para fora de mim. Por fora de mim não é fora de mim. E tu, se me amas, compreendes que nunca irei além de mim, porque, quando o fui, caí pesado e dorido em mim. Fico-me, aqui e já, à espera que nunca te aproximes de mim. Não vá eu ir além e a minha carne ficar fora de mim.

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