digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, março 17, 2009

Os amores

A dada altura já não se acredita no grande amor da vida. Porque se quebrou. Porque já passou. Porque se sabe que todos os próximos serão menores. A dada altura já se quer só um amor. Para ter um reflexo do que já se teve. Ou então, já só se deseja o que se teve. Porque foi bom. Porque dele só restam as boas lembranças. Sem esperanças. Sem boas esperanças. Mais tarde, sabe-se, já só se quer um amor qualquer. Para ouvir ressonar. Para ouvir qualquer coisa. Para combater a solidão. Não quero nada disso para mim. Por isso, desamo-me, por fugir tanto à normalidade. Os outros que fiquem na regra.

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