digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, março 14, 2009

Mentira!

- Já te enganaram?
- Já!
- Como descobriste?
- Sempre por acaso.
- Que te fizeram elas? Quais as asneiras?
- Delas não sei. Se me enganaram não sei.
- Então?
- Houve mitos. Coisas simples.
- Tais como?
- A Santa Isabel?
- A Santa Isabel?
- Sim. Há outra igualzinha, mas em vez de ser de Portugal, ou de Aragão, é da Hungria. Com as mesmas estórias e milagres.
- Bolas! Não sabia!
- Vês, como também foste enganado...
- E mais?
- Quando me disseram que saudade era algo unicamente português...
- Sim, essa é muito estúpida. É preciso ser-se muito estúpido para acreditar nessa...
- Pois! mas durante um tempo acreditei. Depois pensei... pensei melhor, li, vi coisas e o mundo, conheci pessoas e percebi que era um enorme disparate.
- Houve mais?
- Sim. Quando acreditava que havia vinhos verdes e maduros.
- E não há?
- Não! Vinho Verde é uma região. Todos os vinhos são maduros.
- Bom! Mas pelo menos temos uma canção que nos espelha a identidade popular, o vinho, a saudade e a pátria...
- Qual?
- O verde vinho, do Paulo Alexandre.
- Mas essa nem é uma canção portuguesa...
- Como não?!
- Também me enganaram... é da estranja...
- Ai sim?!
- Sim! Ouve lá...
.
.
.
Nota: No original é «vinho grego»... lol!

Sem comentários: