digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, abril 01, 2006

Não chove

Chegou Abril e continuo sem chover. Ontem estava intratável. Hoje estou quase intratável. Amanhã pode ser que esteja um pouco menos intratável. Na segunda-feira pode ser que ponha uma bomba!
Quantas coisas se podem fazer com um serrote! Podem cortar-se artistas circenses. Fica bem dizer em qualquer evento social:
- «Sei fazer aquele número em que uma mulher fica com o tronco para um lado e as perninhas, a dar a dar, para o outro».
Se disserem que há truque é bom que se garanta peremptoriamente que não. Bem exclamado, quase ofendido.
Contudo, o serrote não é o aparelho ideal para decepar membros. Não é por acaso que nas decapitações usavam-se cutelos, espadas e guilhotinas. No entanto, o serrote seria uma inovação deliciosa se fosse usado na arte de torturar.
Com madeira e a ajuda do serrote podem construir-se casas, barcos, bancos, aviões, escorregas, paliçadas, portas, caixilhos, traves, travessas, imitações de travesseiros, tábuas de soalho e um sem número de objectos úteis.
É dia 1 de Abril, ontem estava intratável e continuo sem dizer mentiras!

1 comentário:

Anónimo disse...

há dias vi um jovem fazer do serrote um quase belo instrumento musical,sem rudeza,bem manuseado.
construiu com ele mais do que uma casa,construiu sons...musica.
poderemos nós tambem construir com qualquer coisa tudo aquilo que quisermos? sim se formos nós próprios.