digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, abril 07, 2006

A letra Z

A letra Z é uma letra especial! Em primeiro lugar porque é a última letra. Pode ser a primeira se virarmos o alfabeto ao contrário. O meu amigo sábio chamou-me à atenção que faltava um Z na Festa e que um S lhe usurpara o lugar. Desculpei-me cabisbaixo, rendido à razão de outrém. O meu amigo é sábio e anda em filosofias. Um dia será doutor por extenso. Para mim já o é e há muitos anos. E é-o em muitas coisas, mais do que em filosofias. Estou mesmo tintando-me para as filosofias, que é saber que não me ocupa lugar nem tira o sono nem excita a fantasia.
Disse-me o meu amigo sábio que um S usurpava o lugar de um Z na Festa e expliquei-lhe que isso é doença que dá a quem escreve à velocidade do pensamento, do coração, do espírito e da inteligência. Fiquei com ardores, porque não foi um corvídeo que me poisou na prosa, mas um desatino de língua portuguesa. Já me penitenciarei e vou tentar ter mais atenção. Não gosto que letras usurpem o lugar de outras!
A importância do Z, que é letra muitas vezes lembrada por ser excêntrica. O Zorro fazia-o. O Z é justiça. Na banda desenhada é sinónimo do mal pela mão de Franquin, pois está no nome do General Zantas, de Zantáfio, de Zorglub e dos Zorglhomens. Fui ver ao Google que imagens de Z havia para roubar e descobri que o Z também se liga à família. Na verdade e a seu modo, os amigos são parte da família. Conheço o meu amigo sábio há tantos anos que lhe agradeço toda a franqueza. Claramente com Z.

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