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O tempo voa e voa tão depressa que os aviões parecem parados
quando comparados à constatação do passar da vida. Comecei o infotocopiável há
nove e não sei por que razão, mas sei por que continuo a alimentá-lo e a ser
por ele a ser alimentado. São nove anos de casamento entre um tipo e suas
palavras, residindo numa casa inexistente.
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Neste mesmo dia, mas há onze anos, nasceram as manas Granita
e Lioz. Vieram da mãe demasiadamente cedo, reconheço… reconheço que lhes
amputei infância. Um mês depois do nascimento entraram em casa.
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Carentes de mãe e doces como ela. Nunca lhes faltei a uma mamada
nem recusei mimos. A Paraquedas veio mais tarde e no seu dia dela contarei.
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A Granita ronrona alto como uma chaleira de água fervente,
muito mimada e mimadora. É quem pede a comida ou para ser mudada a areia. A
Lioz é frágil e muito terna, com uns olhos azuis, muito grandes, muito abertos
e muitos espantados. Raramente mia, mas quando fala… o que tagarela…
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Hoje há festa! Comidinha húmida para todas… é a loucura!
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