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As musas surgem e vão-se, de estado-matéria fugidio, no
sólido sem tempo, estão para o feitiço incendiário, depois escorregando para
água ou diluindo-se num esfumado.
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Há livros de esoterismo e do erotismo sabem os emotivos, ambos
nas fantasias de crerem no futuro de as sentirem.
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Têm a boca perfeita e os olhos de malefício e sortilégio, as
mãos de encantamento e libertação e o corpo de fazer amor. Falando dos lábios e
do corpo, digo da vontade do sabor, o primeiro do saber.
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Sem exorcismo para o enguiço são indigentes os ficantes e
desventurados os partintes. Por mal-olhado, bem-olhadas, tranquilas e
desassossegadas, os infortunados vêem-nas nuas, como os marinheiros ouvem as
sereias.
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Os enfeitiçados são da mesma substância, isso é segredo, e o
coração esquece-se do que o cérebro se omitiu. Em fascínio libertam-se do
encantamento, fugindo depois de transpirados os lençóis ou dos quartos
nocturnos sem luar.
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Cada um por si, mas unidos invisíveis-intangíveis.
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Nota: Por incapacidade do Blooger, por limite de caracteres, ficam indicados, em baixo, os créditos autorais das imagens utilizadas.
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Desenho de Edouard Vuillard
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Desenho de William Woodward
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Fotografia de Seba Kurtis
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Técnica mista de Donald Sultan
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Escultura de Rona Pondick
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Pintura de Paul Neagu
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Pintura de Victor Vasarely
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Fotografia de Thomas Ruff
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Pintura de Marica Fasoli
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Pintura de Phillip Mark Anthony Thomas
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