digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, outubro 09, 2016

E o que de mim disseram

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A vida passeia-me por trela curta, não me estrafego porque é indiferente ir, ficar ou voltar. Cão sem dono e dele recebo o destino, como ateu cego, costurando frases de incertezas peremptórias, inditas e indizíveis. Caio cão sem dono na cruz. Ninguém ouve. Ninguém vê. Ninguém diz. Ninguém faz.

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