digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, setembro 29, 2016

Todos os dias tento

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A realidade fica algures, sei-o porque existo numa praça de Chirico, onde a memória é como o vento e a luz, vazia sem sombras, entre o sonho e o desejo. Sou aqui e não saio, mas às vezes vou sem partir, ubíquo e ambíguo, ao sítio dos outros, quando acredito que existem e admito a realidade – um lugar estranho. E não consigo.

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