digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, março 11, 2015

Mosca surda

.
O silêncio do eco é a certeza da fortuna falhada, se acreditasse no karma.
.
Dias vazios e de azul, dias vazios e de cinzento. Silêncio na cabeça e fala dos lábios.
.
Pergunto esperando um ouvinte. Falta-me para letra ou traço. Pergunto repetidamente, compassado num relógio, se um fantasma.
.
O tédio dos jazigo.
.
Arrumo a casa, no caruncho das madeiras vejo-me as veias.
.
A luz da casa escurece, quendera um sobressalto
.
Não o salto de desejo e medo.
.
Se por magia branca chegasse pimenta preta. Se por magia negra chegasse pimenta branca.
.
Qualquer coisa que não vermelho nem porta da rua.

Sem comentários: