digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 18, 2023

Um não-sei-quê, uma cárie perdida no caminho

 

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Tenho um orifício entre o coração e a alma, por onde entra ártico ou sulfúrico. Bicho bichano, dissimulado e ágil.

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Tão temido, por razão ou sofrimento antecipado.

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Se bate, espera-se a tão esperada valentia, recitada nos dias fáceis, e desejando uma cárie picando enganada no caminho.

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Um não-sei-quê que pode ser o amor ou o bicho da morte-vida ou a lembrança descabida ou uma burla de víscera.

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Valha-me o azul, certeiro atirador, implacável com premonições das bruxas que vassouram apascentando o fígado-estômago-pulmões-coração-cérebro-alma.

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Se o azul não matar, é uma cárie que se enganou no caminho.

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