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Estivemos nus à mesma hora, de cada lado da parede. Fizemos amor
separados e vento esvoaçou-nos os cabelos. Olhámo-nos sem nos vermos e
esquecidos não pensámos nisso.
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Se um dia estivermos nus, de cada lado da parede, se houver
vento, lembremo-nos que as portas abrem-se como os lábios e as estradas não têm
horas.
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Quando nos despirmos sem relógio, num sítio para morrermos
descalços, teremos o que ficou por fazer.
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