digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, julho 12, 2016

O voo da orca

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Ir sem voltar, sobrevoar o oceano baixo que salgasse e ver o salto da orca no caminho de Cabral à areia branca e coqueiros.
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A distância só me custa fora da casa. Ainda assim riscar o ar céu sem regresso nem morte nem saudades nem prisões.
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E antes no areal contemplar o sonho como os braços alcançando a margem oposta puxando e comigo as lembranças de ficar deixando mágoas e arrependimentos. Uma vida sem princípio.
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Nunca olhar para a crusta portuguesa e noutra parte esquecer o horizonte.
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A música infinita sem saciar nem indigesta e o corpo de sal e areia. Se eu ficasse além de mim.
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Pormenor da Carta Marina.

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