digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, abril 05, 2015

Vai dar entrada na linha número seis o comboio lento para

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Não me atraso. Fiz-me atrasar para não me cumprir a vontade, por medo de alguém, por desgosto de alguém. Em troca chorei caminhando numa avenida que não gosto e obtuso assistindo ao salto. Fantasiando ensaios como se fosse complicado saltar. Silenciando efabulações de salvamentos. Saltar. Saltar. Saltar. A travagem e o solavanco e um telefonema prá mãe e boca-a-boca por aí, como um beijo promíscuo. Saltar desagarrado e sentir. Por incerteza de ficar ainda na dor me atrasei.

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