digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, abril 16, 2015

O fim da história

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Se não tens nada de inteligente ou interessante para dizer, diz uma coisa estúpida. Diz qualquer coisa, o que passar pela cabeça ou que não passe e saia só pela boca. Podem pensar que és tonto ou imbecil ou um pobre-diabo, talvez te insultem ou ironizem gozando… Porém, tens um momento e quem sabe se serás tema de conversa. Alguém poderá ficar a pensar e se calhar concordar… Entretanto estarás longe e se sentires vergonha, vergonha de ti, será vergonha alheia, porque realmente só disseste e és inimputável e és irrelevante na multidão – não único nem igual. O resto não interessa! Mas se te conhecerem… diz que estavas bêbado, foste sarcástico ou cínico, canalha dando um criptopontapé nos tomates dum presente irrelevado e irrelevante ou inventado. O que importa? Desde que no final engates a miúda… Esquece, a miúda é tua e os outros entretêm-se em tédios de classe média ou dramas pequeno-intelectuais. Farão amor deitados, se fizerem. Tu vais foder de pé e acordar tarde.

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