digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, novembro 02, 2013

Lux

Entre uma coisa e outra do lado de fora. Como é possível a nostalgia pelo triste. Devem ter sido as luzes e os amanheceres. Mundo de muitos amores, perdidos e não abandonados. Canções espalhadas pelo chão, como a roupa por causa do frenesim dos corpos. Foram tempos duma adolescência desastrada, de sofrimento sem borbulhas, mas com passado. Não sei se é arrependimento que me castiga com a saudade ou se gostei mesmo de ter tido a alma ferida. Talvez seja por essa juventude tardia ou pela memória das manhãs. Não gosto de estar adulto.

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