digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, março 16, 2009

É isto





















Dói-me a cabeça e está calor. Penso que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Nem tampouco ser Primavera, ainda que o calendário diga que ainda não. Mais provável será este peso a mais. Quem me garante que o meu cérebro não engordou e agora se esmaga contra o crânio?
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Está muito calor e hoje passei quase todas as horas a dormir. Como se não tivesse dormido na noite anterior, no adia anterior, na noite precedente e por aí fora. Dói-me a vida e as dores na vida fazem dormir. Enquanto se dorme não se está no corpo.
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São vinte e uma horas e devo ter estado acordado cinco horas. Não mais. Penso que ando a viajar demasiado para fora do corpo. Não sei se não significa que um dia destes faça a mala e volte para esse país de paredes meias. Já do outro lado e sem corpos tangíveis.
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Dói-me a cabeça, deve ser do peso a mais. Só devíamos estar gordos após as refeições. Como as jibóias. Estou novamente com sono. Como acabei de comer, devo estar mais gordo. Gostava de adormecer e acordar depois da Primavera. O calor da Primavera é muito aborrecido.

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