A canção já bastava. Depois foi-se o amor maior. Mais tarde o segundo. Tenho uma faca no buraco.
Nota: Deixei de ter peito e o coração ficou em Edimburgo.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

Foi há um ano ou dois e uns meses. Havia festa, nessa altura. Não me lembro se gostava de pôr vírgulas. Ponto. Havia Champanhe ou feliz espumante português. Estavas feliz e eu também. Hoje sonho-te entristecida, mas talvez estejas feliz. Ontem estava feliz, embora triste, e hoje apenas triste. Às vezes lembro-me de ti. Depois esqueço-te. Ainda outro dia te mandei uma mensagem. Não respondeste.
Foi de manhã. Acordei, mas fui incapaz de ir. Foi de manhã, acordei. Acordei e tentei descobrir a nudez da prima pela frincha da porta. Acordei, levantei-me infeliz, por ter perdido a viagem e a nudez da prima. Mais tarde, à noite, vi o que perdi. Não perdi nada, apenas cadáveres que haveríamos de comer.
Na verdade tem um gato: um gato que não existe, com quem fala telepaticamente. Já teve talvez dois, mas é o mesmo, sempre permissivo quanto à liberdade. À sua e à dos felinos.