Desejei, amei, cantei, curti, suspirei, desejei, amei,
cantei, curti, chorei. Eu, ela e a outra. Os entardeceres de Verão, as cores
subtis na distância de São Vicente de Fora. Um bocado de cidade de distância,
como se fosse a cidade toda. Duma casa a outra uma imensidão de passos e
incertezas. Nunca a beijei, mas cantei a pensar. Suspirei e chorei. Fugi e
cantei. Ainda hoje. Ela, a miúda mais gira da escola. Ela e a outra. Esta! A dos
olhos verdes e cabelo loiro. Hoje nas fotografias pirosa. Mas suspiros e
taquicardias. A distância de passos e de bafo, e nunca olhou para mim com
desejo de estar mais próxima. Um bafo e um beijo. Ela era irreal.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
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