Tenho a cabeça cheia de vento e deles vem o aroma de árvores-jasmim. Serão umas quatro da tarde e há quietude nas ruas orientais da cidade. O Tejo espreita atrás das casas seguintes e os comboios de Santa Apolónia sossegaram-se por momentos. Lembro-me de alguma coisa que não sei definir. É uma sensação de qualquer coisa que não sei dizer. Não é aperto nem absolvição. Serão palavras, certamente serão palavras. Palavras que me querem dizer coisas, mas que não oiço ou não entendo. O vento que tenho na cabeça leva-as e traz-me o cheiro do jasmim.
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