sábado, abril 07, 2007

As mãos aos Céus

Mesmo que me amputassem a mão, tê-la-ia sempre, porque ela é mais do que carne, osso, sangue e pele. Com ela afago, amo, odeio e agrido. Ela sou eu a preto e branco e jamais indiferente. Com ela faço preces ao Céu ou bato na terra maldizendo o Inferno em que julgo viver. Com ela o aço é polido e faz-se a arte e chega-se ao fundo do mar e o cimo do azul celeste. A mão alcança mais alto que o meu corpo, porque é o prolongamento mais óbvio da alma e do pensamento. As minhas mãos são macias... quem me dera que o fossem os pensamentos para poder aspirar ao firmamento.

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