segunda-feira, junho 12, 2017

O livro que não se leva para as férias

.
Sou irreflexo, opaco e translúcido. Sou objecto igual e horas de não esperar. Sou a dor nas costas na curva da rua errada. Sou a bebedeira inglória que sobra da discoteca. Sou a moeda de cêntimo esperando conveniência e inútil na máquina de cigarros. Sou a chuva na madrugada deserta à porta fechada da rodogare. Sou incandescência no frio, teimosa como o magma. Sou a caneca para canhotos.

Sem comentários:

Enviar um comentário