segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Estar vivo


Hoje fumo um cigarro, para esquecer ontem. Hoje tomo os comprimidos que me porão como anteontem. Hoje beberei água e trabalharei. Hoje acordei para não me apetecer. Hoje fugirei daqui.
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Estás linda a meu lado, dormindo enquanto as minhas palpitações comprimem o coração, afogam o respirar e oprimem a alma. Se estivesse a morrer, acordarias…
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Deste dia não haverá memória. Ameaça de chuva, frio e tédio.
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Esmagado, encastrado num sofá, vejo que não acabei o uísque. Sem ressaca, o odor da ressaca está no copo. Agora está tudo quente, ou pior, morninho.
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Na inquietude do sono, a humidade da vida. Se é Inverno, devia ter frio.
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São dias destes que confrontam: para que serve viver?

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