segunda-feira, fevereiro 20, 2012

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Cabelos finos, castanhos, entre os dedos, a pele desagasalhada entre os lençóis. Pacata de ombro à solta. Varrida pela borrasca de língua e dedos. Rangendo os dentes como a madeira fustigada pela chuva, gritando como a janela que se parte, batida pelo vento. A bonança depois dos gritos tem molhadas todas as polegadas, o prazer de muitas léguas. Tudo desarrumado, no corpo desguarnecido que, finalmente, se sente capaz de se tapar.

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