sexta-feira, outubro 07, 2011

Lápide da imortalidade



















Depois do seu sonhado sucesso, coisa de amador de poucas ambições, coisa menos que a mínima que uma mãe quer ver, regressa à insignificância.
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Memória deixa pouca e é apenas um tracejado ténue junto dos próximos. Nem os gozos de quem o vê palerma durarão mais do que as vidas que o conhecem e desprezam.
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Ainda sem a noção de que as palavras se escreveram com letras quase invisíveis. Caído e estatelado, na dormência da dor nem descobre que morreu, de corpo ainda respirando.
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Estar quase não é chegar. É perder o que não se chega a ter. O ridículo duma vida é tê-la vivido enganado.
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A beleza está no apanhar da fruta e nas árvores de grande porte e considerável cabeleira. Não há como a natureza. A terra come o resto e dá o que recebe. Do respirar, nem bafo nem vento.
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Uma vida virá que valha a pena.

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