sexta-feira, agosto 26, 2011

A volta do pai, a volta da volta do pai



















O pai ri-se. Interroga, afirma, delira, flutua, entre este mundo e um outro. Da lucidez à fantasia real das suas horas, minutos. O pai ri-se e brinca. O pai grita, a mãe desespera. O oceano manso alevanta-se, e o pai amaina-se sem aceitar nem compreender. O pai ri-se. O pai fala. O pai diz com voz de se ouvir. Há quanto tempo não o sentia assim. O pai grita, há quanto tempo, com voz de todo o corpo. O pai grita e a mãe desespera. O pai ri-se, flutuando entre a realidade e um outro mundo.

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