Eu dentro e chuva fora, as horas que tardam em passar. A tarde que se consome como um cigarro aceso. Teimo nos dias sós, nos percursos parcialmente acompanhados, nas amizades prolongadas, mas vividas em prazos, segmentos de recta.
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Os dias têm luz curva. Em Dezembro, os dias fazem a curva mais apertada do ano. As horas de luz encurtam-se, o tempo dobra-se, para que Novembro se acerte com Janeiro. Aperta-se por causa do natal, na dor de alma, na solidão, na hipocrisia, na farsa e na verdadeira fé de partilha – uma vez por ano. E também na véspera do ano novo, em que se festeja para que se não fique só, para continuar a par com alguém.
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Sinto a falta. Quendera voltar à suada rotina das compras de Natal, de ter uma vida para ter Natal, de ter alguém para ter Natal. Não é o Natal que quero ou me faz falta, mas tudo e todos aqueles que tinha quando tinha Natal.
um texto maravilhoso com imagens em cada palavra!
ResponderEliminarum bejo,
moon