sexta-feira, março 30, 2007

Dar por perdido

É onde me perco onde mais gosto de estar. É lá que sou uma síntese de mim: Um traço duma só cor.
Na floresta não sei onde estou nem se o avesso é o certo nem se a direito sigo para a frente. Tal como nas dunas ou nas vagas sem mais referências. Tudo o que não pode ser mais nada pode ser mais tudo.
A ausência de linha do horizonte é uma graça com muita piada para quem muito se preocupa com a pontualidade, mas aprecia o lado caricato da vida. Não há pior falta de referência, além de não ver o Sol. Numa noite incerta, numa qualquer floresta, sem pista de pedras para guiar a saída. No ermo onde tudo pode ser qualquer coisa é-se qualquer um. Num instante, imperador ou faminto.

7 comentários:

  1. Perdermo nos no tempo..que bom.

    bjinhos

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  2. Anónimo22:39

    Chega a ser aflitivo não encontrar aqui sequer um texto abaixo do nível "excelente".

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  3. Direi mais,

    Porque é que o João Barbosa é tão bom e toca tanto!?
    Pena que só se possa ler na net:(

    um beijo

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  4. ah!... obrigado! A resposta é porque não há, pelo menos até agora, quem lhe edite o romance. E tudo o mais ele publica aqui...

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  5. ;)
    Vamos ter de tratar deste assunto...

    Eu e a Gi esperamos, há muito, por poder ter em mãos o best seller ;)

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  6. Anónimo15:39

    Verdade, verdadinha...Moonlover :)
    Como podem andar as nossas editoras de olhos fechados?
    Concordo também plenamente com a Incógnita, os teus textos são fabulosos, talvez por isso seja tão difícil escrever um comentário, que não seja tonto ou que não arruine a essência do texto. Como ás vezes eu faço...Ehehehe!!!

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