terça-feira, dezembro 12, 2006

O banho das vestais

Espreito a casa das flores verdadeiras e vejo os poemas de seios e ventres. O perfume da pele é o feitiço que me prende as noites. Os banhos das vestais não são higiene, são êxtases complexos.
O meu gesto não conhece a luz, só a beleza a necessita. Vivo na obscuridade e desejo absolutamente o impossível. O harém é o paraíso vedado aos homens.
De mim partem beijos que nunca chegam e chegam beijos que nunca partem. A minha fantasia é de claro e escuro, uma revelação secreta, quase mística. Espreito a casa das flores verdadeiras. As noites de insónia visitam-me quando espreito.

5 comentários: