sexta-feira, dezembro 08, 2006

Amor de luz

O meu amor é luz. Não sou o seu reflexo. Sou rocha, porque sou racional.
O meu amor é quase a minha vida, na sua ausência estou cego. A depressão! Na sua ausência estou só.
No meu abraço só cabe uma pessoa. Amo uma só mulher. Não sou o seu espelho, sou rocha. Pedaço solto da rocha-mãe.
A criação do mundo foi uma onda. Água espalhada. O rebentar da terra. O céu em rubor. Não muito diferente de quando fazemos amor. Ela delicada e eu tão grande. Ela luz e eu todo opaco.
A síntese das coisas pequenas que espaço ocupa? O mundo todo ou quase insignificância. Um traço. A vida, uma brevidade. Amo o meu amor em absoluto. A síntese das coisas pequenas é uma intensidade.

1 comentário:

  1. Anónimo13:24

    Não sei quantas almas tenho.
    Cada momento mudei.
    Continuamente me estranho.
    Nunca me vi nem acabei.
    De tanto ser, só tenho alma.
    Quem tem alma não tem calma.
    Quem vê é só o que vê,
    Quem sente não é quem é,
    Fernando Pessoa

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