segunda-feira, junho 26, 2006

Um dia

A vida continua. Continua sempre. A minha não tem índice. Se tivesse teria gastas algumas folhas e outras estariam por ler. Hoje não me apetece. Quero a mão da minha mãe e passear. Tarde de Sol. Correr e não saber das horas. Hoje não me apetece o que tenho pela frente nem a ansiedade nem o resto. Depois há as saudades de quem não vou dizer. Apetece-me o colo da mãe ou da minha avó, correr sem saber das horas e passear de mão dada. A vida continua, continua sempre. Não sei se me habitue. Um dia farto-me. Será num dia como este... ou na véspera dum dia como este. A vida continua e apetece-me correr sem sentido. A vida corre sem sentido em muitos dias. Uns dias farto-me. Um dia farto-me. Será num dia como este ou na véspera dum dia destes.

7 comentários:

  1. isto até parece uma carta de despedida, daqueles q os suicidas escrevem...

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  2. Anónimo17:49

    Vais-te suicidar???? O que se passa, JB???? Deu-te para a saudade de infância???? Alegra-te, lindo!!!

    Tenho a cura para ti. Um óptimo Monte Velho que é um encanto. Só tens de fazer o jantarinho outra vez. Mas nada de jaquinzinhos. A malta está farta desse peixe frito. Só ainda não o dissemos abertamente para não te chocar.

    Tens de inovar na cozinha, meu querido. Arrisca mais. Vê o programa do Olivier na SIC Mulher. Aquilo, sim! Só de ver dá vontade de ir a correr para a cozinha.

    Vá. Pega no telefone e convida-nos. A tua casa é acolhedora e os teus manjares são o pretexto para deitarmos abaixo mais umas belas garrafitas.

    Muitos beijinhos com sabor a... atum!!! ;)

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  3. João Barbosa...não é sobre o texto mas sobre outras coisas...sabes que gosto de Pedro Paixão? Descobri uma passagem que tenho que te transcrever pois lembrou-me de ti. SE não o fizer é como uma tarefa incompleta, aqui vai: "o alcool é a droga mediterrânica. Uma droga perigosa que vicia e mata o fígado. O vinho tem génios que se libertam mal se abre uma garrafa. Génios bons e génios maus. Os bons podem elevar-nos o espírito. Os maus arrastar-nos até à inconsciência. O que sabe beber é o que bebe mais do que os outros e mantém a lucidez. Não beber é uma fraqueza, beber demais uma cobardia. Concordas? Sim" E tu João, concordas?

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  4. Jaquinzinhos? Nããããã! Tenho intolerância a peixe! E, se me permites, Monte Velho também não!
    Não é nenhuma despedida, é uma fotografia comentada: não escrevo verdades ou não escrevo só verdades, vou indo por aí.
    Obrigado pelos vossos comentários

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  5. Anónimo17:18

    Ou na véspera de um dia como este... só tu para te expressares assim :) Um beijo muito grande.

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  6. Acerca do texto e porque já andam por aí citações, tenho que citar o Jorge... O Palma! "Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar (...) enquanto houver ventos e mar, a gente não vai parar."
    Lembrei-me desta música ao ler o texto!
    Beijocas

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