
Apaixonei-me quando te vi. Escondi-me e segui-te. Escondi-me e deixei-me ficar quieto em silêncio. Despiste-te e banhaste-te. Mal me contive para não me desinquietar, para travar a minha respiração a querer galopar. Apaixonei-me mais quando te vi despida no banho e mais ainda quando te secavas. Morri quando olhaste para mim no meu esconderijo e fingiste que não me viste. Embrulhaste-te na toalha e voltaste à tua vida já vestida. Fiquei no quarto a respirar o odor húmido das águas do teu banho e dos sais e os restos de ti que lá ficaram. Morri e não sei como dali saí. Os meus olhos nunca mais perderam aquela imagem de ti nua no banho, como uma maldição. Estou hoje morto e vejo-te sempre nua e tenho presente o odor perfumado dos teus sais.
Lindo! Poesia em forma de prosa...um verdadeiro Poema de Amor.
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