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O destino não tem de ser negro! Pode bem ser escarlate. Essa é uma ironia que nem sempre percebemos, porque estamos demasiado próximos. Tantas vezes a dor que sentimos é das dentadas que damos e não das que levamos. Nunca vemos o nosso cadastro. O meu destino é da cor que eu quiser. Hoje pode ser amarelo, pois é já Primavera e eu não gosto nem do amarelo nem da Primavera. Está calor! Está frio! Está húmido! Toda a natureza está disparatada! Gosto do negro, mas não o quero no destino. Para o futuro, quero que o meu destino seja escarlate, que é cor de festa, de galanteio e de fausto. Mas quero ver muito azul em fundo e também o branco do mar a encaracolar-se na praia ou a fugir-se no céu. Não preciso de mais cores. Ao meu lado, no meu destino, todos os meus amigos. Todos e despenteados pelo vento feliz que vem com ideias frescas e luminosas. O que quero para mim quero também para os meus inimigos. Eles que tenham do mesmo, que sejam felizes, mas longe, para que não me aborreçam.
Maravilhoso!
ResponderEliminarTens uma forma de escrever, que deixa uma paz e uma tranquilidade emotiva enorme.
Continua...passou a ser para mim uma leitura diária!
Pois é... Se V.Exa é quem eu penso que é... uma parte do que está aqui escrito foi escrito a pensar em si... e nas histórias que me contou. Ora pense lá um bocadinho e vai ver que tenho razão.
ResponderEliminarSe V.Exa não é quem eu penso que é... peço muita desculpa... é que não conheço nenhum Gil de carne e osso...